domingo, 30 de janeiro de 2011

Acredita?


"Se todos mentimos uma vez ou outra,
o que dizer quando alguém nos diz:
'acredite em você mesmo!'?"


D'alai T


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Futuro


"O melhor do Futuro é que ele chega apenas um dia de cada vez."

Mesdre

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Casamentalizando


"Casamento: com e sem = altos e baixos
1) casamento com diferenças é perigoso, mas contornável: estimulante;
2) casamento com família é bom, porém caro: faz história;
3) casamento sem diálogo é triste e rotineiro: canção sem som;
4) casamento sem intimidade é chato e doentio: desolação."


Mesdre

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Lembranças esquecíveis


"Sabe qual é o único 'licor da eternidade',
a real 'fonte da juventude' ?
É 'ser lembrado' !
Na lembrança
a gente se perpetua,
além da nossa morte.
Na lembrança
a gente também congela os bons momentos
dos efeitos do tempo."


Mesdre

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Ódio cego, cega o dia.


"O ódio é uma venda fatídica
que nos impede de ver
os danos que estamos causando."


Mesdre, em agosto/1978

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Nas equações da vida


"Quem não sabe os 'contornos' do problema,
não sabe com o que está mexendo!"


José Carlos GOULART, Prof. de Circuito-101 do Inatel, em agosto/1978

domingo, 9 de janeiro de 2011

fandefum (2/2)

Lamentos de um torcedor - parte 2 de 2

No post anterior, parte 1, eu comparava as descobertas que fiz vendo as transmissões de TV das corridas que vi no exterior com as que costumamos ver no Brasil:

1) Cobertura e transmissão muito mais longa e extensas.

2) Muitos comerciais e propaganda.


[ ... continuação ]



3) Existem entrevistas dos três primeiros em todas corridas!

Sim, é verdade. E também após os treinos classificatórios!

E só quem viu as vitórias de Ayrton Senna ao vivo lembra de ouvi-lo em entrevista depois das corridas. Mas garanto que pensava, como eu, ingenuamente, que aquilo era algo eventual (e talvez só porque ele fosse a coqueluche da vez).

Só quando passei a ver GPs no exterior pelas TVs, é que me dei conta da obrigatoriedade das entrevistas com os três primeiros pilotos, tanto logo após o treino que define o grid, quanto após a premiação. E a Globo nos priva disto...

Por acaso, "zapando" entre os canais de esportes logo após uma corrida, vi que um dos canais da SporTV (da rede GloboSat) interrompeu sua programação para trazer um "Plantão de Notícias" e qual foi a grata surpresa ver que era a entrevista coletiva oficial e obrigatória com o 1o, 2o e 3o colocados. Pena isto não acontecer em todas as corridas...

Por razões de logística e do pouco tempo para tantas as atividades que nos obrigamos de domingo pela manhã, quase sempre não posso mais ficar diante da TV nos dias de GP. Passei a acompanhar as corridas pelo rádio. Claro que não é a mesma coisa que ver aqueles bólitos sobre rodas em alta velocidade, mas pra quem é "fandefum" isto serve nem.

Fica-se sabendo das coisas que acontece em tempo real e nos bastidores, muitas vezes até antes da TV, que às vezes nem informa aquilo...

Outra vantagem de se acompanhar um GP pela transmissão de rádio é que elas transmitem até as entrevistas finais, e com tradução simultânea. (A Rádio Band, sempre; a Rádio CBN, que é integrante da Rede Globo, só quando tem um brasileiro entre os três finalistas ou quando a corrida tem um peso especial ou algo polêmico)


O fato da Globo ter exclusividade no Brasil da transmissão de F1 pela TV, tem algumas desvantagens:

A) "calaboca galvão"

Este jargão virou brincadeira no Twitter e na internet recentemente, ganhando o mundo, mas as atrocidades e gafes cometidas pelo narrador Galvão Bueno durante as transmissões esportivas, não só de jogos de futebol, mas em quase tudo, vôlei, tênis, olimpíadas e principalmente na Fórmula 1, são demais. Desde que começou era assim (e até pior!)... Dava mesmo vontade de gritar para ele calar a boca e ficar quieto para não dizer besteira. Mas ninguém lhe dizia nada, deixavam por isto mesmo, o cara foi crescendo e ganhando poder na Globo... E agora continua achando que pode falar a asneira que quiser (ou escapar) que está tudo bem. Quem fala muito, sem pensar muito, dá nisto: ele acha que o "calaboca galvão" é um fã-clube (em vez de piada e chacota ou protesto).
Para mim, o que mais marcou foi:

a) quando "Nelson passa Piquet!", durante a ultrapassagem de Nelson Piquet sobre Nigel Mansel, ambos da mesma equipe Williams

b) quando Ayrton Senna penava para levar o carro com apenas a sexta marcha nas últimas voltas para vencer o GP Brasil em Interlagos SP, e Galvão "adivinhava" os pensamentos do piloto que ele estava poupando o carro ou administrando a vitória, em vez de ver e comentar que ele estava visivelmente com problemas no equipamento, ou ainda dizer que o brasileiro estava emocionado, em vez de ver que ele sofria dores insuportáveis pelo esforço sobre-humano que realizou para concluir esta façanha.

c) quando diz que o problema da transmissão é por causa da geração das imagens locais (e não um padrão da FIA), e que se fosse no Brasil isto não aconteceria (por ser geradas pela Globo), mas que quando acontece (não raro) ele nem comenta nada.

E um monte de outros absurdos ou insultos ao telespectador atento, que parei de "colecionar" e passei a ignorar para não me aborrecer quando meu objetivo é ter prazer e diversão.

Ainda bem que posso desligar o som da TV e acompanhar a narração pelo rádio, ou ver mais tarde o videotape (reprise/compacto) pela SportTV.

B) Prioridades

Considero um enorme desrespeito aos fãs (de F1) quando interrompem, atrasam ou encurtam (ou pior, nem transmitem) as corridas de F1 com outra transmissão que passa naquele mesmo período do tempo, no dia e horário. Exemplo: torneio de natação, Copa do Mundo ou jogos da Seleção, vôlei, Olimpíadas, etc)

A Globo costuma fazer isto sem o menor remorso ou pedidos de desculpa aos telespectadores cativos que fazem a audiência da F1.

Se a emissora detém a exclusividade da transmissão do evento, deveria cumprir isto antes de tudo. Se não pode compatibilizar os horários de outras transmissões igualmente exclusivas mas para OUTRO público, então deixe outra emissora dar a escolha às pessoas, abrindo mão da exclusividade. Não é justo prejudicar nem um público nem outro.


( desenhado por AndreM, na década de 80, colorizado no paintbrush )


Mas creio que o maior lamento de um fandedum são as Férias loooongas entre uma temporada e outra.

Depois de nos habituarem a assistir e acompanhar quase semana sim semana não (em algumas vezes até 3 semanas consecutivas com GPs) com o calendário organizado para as provas, as temporadas costumam encerrar em Outubro e a próxima só inicia em Março! São quase QUATRO meses inteiros sem atividade de corridas. Uma longa espera que parece interminável... Isto poderia ser revisto pela FIA, para o bem de todo legítimo fandedum.

Enquanto isto não acontece, a gente aguarda e assiste quando pode.

VRRUUUMMMMMM...
E lá está um fandedum!


fandedum = Fã de F1 = Fanático por Fórmula Um.



Bônus:

Você pode também querer ler esta análise do incidente no GP da Hungria de 2010:
Defesa Agressiva
http://mesdre.blogspot.com.br/2010/08/defesa-agressiva.html



quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

fandefum (1/2)


Lamentos de um torcedor - parte 1 de 2


fandefum = Fã de F1 = Fanático por Fórmula Um.

Muitos brasileiros pensam que isto, de se um fã de F1, só era possível na Era Ayrton Senna. Todos acordavam cedo para ver os treinos e as corridas no domingo, quando não passavam a noite acordados para ver as provas de madrugada. As ruas e feiras pareciam desertas durante as transmissões de TV. Depois de sua morte, tudo perdeu o sentido, ficou sem graça, dizem esses mesmos "torcedores".

Mas estes não eram amantes do automobilismo... Eram apenas milhões de brasileiros que vibravam com seu adorável representante brilhando. Quando a estrela se apagou, tragicamente, desfez-se a ilusão. E com ela e com eles, também toda a cobertura e ênfase que a imprensa brasileira dava ao evento e suas etapas e personagens.

Na verdade, quem gosta de Fórmula Um, gosta sempre, não abandonou o hábito. Triste, certamente, contudo continuou acompanhando, mesmo havendo corridas monótonas e campeonatos sem concorrências.


( desenhado por AndreM, na década de 80 )

Porém, aquela foi uma época legal. Não só pela emoção. Mas sobretudo pela informação. Lembro dos vários infográficos no caderno de esporte dos jornais, inclusive mostrando posição de cada piloto volta a volta, resumo e todos os detalhes dos treinos e GP, entrevistas diversas, bastidores, repercussão na imprensa internacional, enfim, um banquete servido aos torcedores.

Agora, mal se vê uma pequena nota sobre o assunto, e somente alguns dias antes e depois nas semanas que ocorrem os GPs...

Entretanto, mesmo antes, em pleno auge da popularidade da Fórmula 1, a cobertura da imprensa brasileira é pobre (exceção feita quando a corrida é no Brasil - daí, chega até a irritar o bombardeio de flashes, entrevistas, reportagens e curiosidades com que a Globo - detentora da exclusividade de transmissão - nos inunda).


Como consultor de informática, viajei a diversos países a trabalho, e sempre torcia para que no período que eu estivesse fora não houvesse corridas, pois certamente eu perderia, por estar em trânsito, viajando, ou por me atrapalhar com o fuso horário entre os locais do GP e o meu na data, e ter também dificuldade em achar esta informação nos canais das TVs ou nos jornais, até para saber dos resultados.

Posso dizer que tive a sorte de ver umas poucas corridas na TV dos Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha. E fiquei atônito ao notar algumas coisas, comparando com a transmissão a que eu estava acostumado. A saber:

1) Cobertura e transmissão muito mais longa e extensas.

Algumas emissoras esportivas mostram os preparativos bem antes da largada e seguem com comentaristas analisando detalhes da corrida e desfecho ainda por horas depois da bandeirada.

A Globo corre pra fechar a transmissão logo após a celebração no pódio. A impressão que fica é que querem cortar logo o canal de satélite para economizarem alguns milhões de euro-dólares.

2) Muitos comerciais e propaganda.

A transmissão da Globo tem alguns patrocinadores que são citados a cada chamada de qualquer notícia sobre a F1.

Então, funciona assim: anuncia a transmissão e cita os patrocinadores, inicia a transmissão do local e vem os comerciais, mostra a os pilotos alinhando e o grid e largada e vem mais propaganda dos patrocinadores, volta a transmissão e segue desde a volta de apresentação até a bandeirada dos que pontuam, daí vem mais propagandas, retorna para mostrar o pódio, os hinos e a entrega dos troféus, e encerra a transmissão, não sem antes passar os últimos comerciais dos patrocinadores oficiais. Ao longo da corrida, havia de tempos em tempos uma chamada sonora e breve dos patrocinadores sem a interrupção da imagem.

E eu achava isto ruim...

Até ver as corridas pela TV lá fora... Os comerciais entre cada cinco em dez minutos e duram de 1 a 5 minutos. Em alguns países, a imagem do carro viram um "picture-in-picture" e minimizam a imagem num cantinho enquanto rolar as propagandas em alto e bom som, normalmente.

Na Alemanha, terra do incomparável Schumacher e outros tantos pilotos, eu fiquei chocado: a cada quase 5 minutos eles interrompido a transmissão para inserir um comercial de cerca se 1 minuto ou mais, independentemente do que estivesse ocorrendo na corrida! Lances importantes e momentos decisivos como ultrapassagens, pane, acidentes e paradas nos boxes eram perdidos...

Depois disto, a Globo até pareceu heróica em transmitir entre 1,5h e 2h continuamente.


[ continua ... ]
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